quarta-feira, 11 de julho de 2012
O papel da educação, a importância do ensino contextualizado e a leitura.
Quando tinha 08 anos gostava de desenhar... quando fiz 13 adorava desenhar... quando conheci a geometria... já achava o desenho interessante... quando deparei-me com o cálculo da hipotenusa... passei a achar o desenho chato. Quando estudei desenho arquitetônico... reencontrei-me com a hipotenusa e pensei... afinal isso serve pra alguma coisa. Quando fui projetar as escadas de minha casa...pensei... que bom que aprendi a calcular a hipotenusa! Encontrar-se com o sentido das coisas ainda é e sempre será eficaz naquilo que ela realmente deveria produzir: o conhecimento. Conteúdos descontextualizados são mais facilmente desconstruídos em face do óbvio... "o que fazer com isso?" ..."onde em minha vida vou usar aquilo?". Daí então vê-se perdido aquilo que nem mesmo foi conhecido. A didática é sempre importante, todavia a dinâmica e a coerência também têm seu papel fundamental na verdadeira construção do conhecimento.
Sou um ser humano em construção e quero ser alguém consciente e pleno de sentidos, de sensibilidade e equilibrado. Inquieto e incessante em tudo que me cerca. Isto me fará querer uma cidade melhor; justa e de uma sociedade participativa e ocupada em melhor desenvolver uma consciência de seus direitos e deveres.
A educação deve assumir o seu papel mais amplo que é o de construir um cidadão mais consciente e completo. Sem preconceitos e responsável. Sabedor, mas também capaz de transmitir conhecimento para a construção de uma sociedade melhor. Não deve assumir um caráter salvacionista, mas sim entender e participar de maneira mais significativa para a construção deste ser humano não só completo, mas também repleto.
Ensinar não se restringe às paredes da escola, todavia não se pode excluir ou desvincular a importância da difusão do conhecimento cientifico e sistematizado oferecido, assim como as regras de civilidade que mesmo que tenham por vezes o objetivo da manutenção das relações de poder, também exercem, mesmo que de maneira desvinculada ou descontextualizada, ações básicas que permitem ao menos a manutenção da ordem.
Recentemente assisti uma reportagem em que Ruben Alves nos alertava sobre a necessidade de “se despertar o amor e não o hábito da leitura”. Fato este que nos leva a pensar no papel do educador pesquisador, aquele que não se conforma com a simples aquisição de conteúdos desvinculados e sem significados dos livros didáticos, deve considerar o conhecimento do aluno, relacionando e contextualizando a cultura do mesmo e a cultura do lugar, deve ainda desenvolver a educação em seu caráter formador não só de um ser humano condicionado para uma boa vaga de emprego, mas para a construção de um cidadão pleno e consciente.
Cordialmente;
Norberto Carvalho
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