sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Formação de qualidade passa necessariamente pela qualidade na formação dos professores.

Aos Amigos prevencionistas; O desenvolvimento da Saúde e Segurança do Trabalho passa necessariamente pela formação de bons técnicos; por isso insisto de que a formação do professor também é fundamental para obtermos resultados verdadeiramente consistentes não somente em quantidade, mas principalmente em qualidade. O MEC não oferece limites às ações inescrupulosas de algumas escolas e cursos... e neste aspecto podemos perceber em sala de aula que muitos bons técnicos, pela falta de uma complementação pedagógica, tornam-se ineficientes em propósitos de educação e construção de conhecimento, e consequentemente formam técnicos incompletos. A razão pela qual a modalidade de ensino técnico profissionalizante nos é ofertada, tem sua satisfação na necessidade do mercado e do sistema econômico em vigor. Quando uma multinacional se instala no país, temos a impressão que os motivos ou os meios sempre justificarão os seus fins, todavia vemos que se trata ainda de certa exploração de mão de obra barata, impostos convidativos em defasagem da economia entre outras facilitações que reforçam esta ideia. O que também não podemos esquecer é que esta necessidade também reafirma e por vezes até legitima a dualidade da educação em razão da manutenção do poder nas classes dominantes. É necessário motivar a formação em suas raízes, ou seja, na formação qualificada de professores e consequentemente dos alunos. O perfil do profissional em SST é extremamente multidisciplinar e muitas vezes no aspecto didático-pedagógico, em razão de uma vida preenchida por atividades rígidas, o profissional não tem nem ao menos como cogitar o planejamento de suas ações enquanto docente. Muitas vezes isso é substituído por um acúmulo de experiências sem contexto com os alunos e este tipo de ação meramente conteudista, descumpre a função de professor, que é aquele mediador na construção do conhecimento. A modalidade de ensino permite ainda certa descontinuação de significados uma vez que não se encontre uma coordenação pedagógica na direção da escola ou curso, esta deficiência incorre em falta de contextualização e ligação entre algumas disciplinas, o que aumenta o prejuízo da formação do futuro profissional. Todos os técnicos de segurança concordam com a afirmativa de que não podem parar de estudar, qualificar e atualizar, porém quando em razão deste descaso com a educação profissional e também das facilidades pela falta de critérios na formação de algumas instituições, alguns se colocam de maneira precipitada e insuficiente a disposição do mercado na qualidade de professores. Não quero demonstrar com isso certo desprezo ou condenação aos que se expõem na prática docente, contudo gostaria de convidá-los a reflexão de que para construirmos uma SST de qualidade temos também que nos envolver nas pressões para um ensino e formação de qualidade e de maneira proficiente, para que possamos sim esperar que a qualidade tão difundida pelos sistemas e certificações, sejam tão eficientes quanto se espera delas e não um simples amontoados de informações e regras que só tem sentido na obtenção dos lucros, obrigando e forçando aos TST’s um papel meramente salvacionista.

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Norberto Pereira de Carvalho, Professor Técnico de Segurança do Trabalho, lecionando no Cefae II, Nilópolis, Bombeiro Profissional Civil - CBMERJ, com sólidos conhecimentos nas áreas de Técnologia Industrial e desenho técnico além de formação profissional como Eletricista predial e bons conhecimentos em Elétrica Industrial, com base sólida em Informática.

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Sandro Vergara da Costa, formado como Técnico de Segurança do Trabalho pelo Centro Educacional de Niterói - CEN, possuindo vários cursos pertinentes à área de Segurança do Trabalho, atuando desde sua formatura, em 2005, como consultor, principalmente nas questões de treinamento em grandes empresas de diversas atividades econômicas.

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