terça-feira, 11 de setembro de 2012

A chacina dos Cidadãos

Historicamente o homem foi bem mais político que hoje. Isso se considerarmos uma época bem remota, recém-motivada pelo ultrapassado misticismo, o qual esclarecia o que até hoje causa, ao menos para alguns, conflitos e desespero. Era humano querer ser divino e divino querer ser humano. Mesmo refletindo a manutenção do poder e reforçando o dualismo social, aqueles que participavam na resolução dos problemas da “polis”, mesmo que poucos, ainda sim seriam bem mais do que hoje, envolvidos e engajados na causa da cidade. “O que vimos nestes últimos dias e diante de tais perturbadores acontecimentos, a “chacina da Chatuba”, serve de alerta a todos; ao poder público e a nós cidadãos. Cidadão que significam de acordo com certos dicionários aquele indivíduo que convive em sociedade, respeitando o próximo, cumprindo com suas obrigações e gozando de seus direitos. Aqueles discursos de sempre que nos soam tão “chatos” ou até mesmo “piegas” nas aulas de sociologia ou filosofia. Diz-se também que o cidadão tem direito à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade perante a lei, ou seja, os direitos civis são apresentados como o ponto de saída. O cidadão deve participar dos destinos da sociedade e ter seus direitos políticos. O que não é bem esclarecido é que a liberdade é algo legítimo e sagrado, o último talvez, para que se mantenha uma certa distância com a religião; aquela que não define, não ocupa e não resolve nada. Há também aqueles que preferem acreditar que tudo é política, mas como acreditar em algo que se mantém distância até o momento do voto? Estariam todos loucos? Ou não passariam de hipócritas? Sinceramente se tivesse que apostar, diria que o pior cego é aquele que não quer ver. E reforçaria também que com o surdo acontece na mesma intensidade. Outros abutres dizem: “Olha só os políticos... “se aproveitando” para fazer “campanha”. -- Covardes! Eu diria. E acrescentaria mais... Onde estavam vocês no momento de luto? O que fizeram para confortar as famílias que aposto minha vida que mesmo que quisessem pensar em política nesta hora, não conseguiriam, não seriam capazes de pensar no ápice do sofrimento, debilidade, fraqueza e impotência diante da dor e sofrimento a que somos submetidos frente à morte. Digo isso porque de fonte segura, soube da atuação de nossos heróis assistentes sociais, e de nossa representação legítima, na pessoa do Sr. Prefeito. O qual exerceu também seus deveres como prefeito, mas também os de cidadão, manifestando seu luto e apoio às famílias. Prezados; somos chamados a exercer nossa cidadania a todo o momento; e não somente nas eleições. O tratamento pelo qual esperamos, muitas vezes passa por atitudes honestas e corretas de nós mesmos. É demasiado urgente o assistencialismo social, e não uma política de vale-esmola. Contudo é necessário que nos mobilizemos, que digamos um basta para toda forma de opressão. Um “não” bem sonoro aos abutres, e um “sim” que ecoe e motive a um número bem maior de atitudes positivas, para que as boas ideias surjam não somente da coragem, mas do sentimento de pertencer a sua rua, seu bairro, suas cidade, seu estado e nação. Que Deus possa nos ajudar e que Ele conforte todas as famílias que hoje choram por mortes tão estúpidas quanto essas. Que as famílias encontrem esperança na reação não só do poder público, pois isso não será suficiente para abrasar a dor de suas perdas... mas também na reação do “basta!”, que daremos com nossas atitudes verdadeiramente positivas e transformadoras. Amém.

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Norberto Carvalho

Norberto Carvalho
Norberto Pereira de Carvalho, Professor Técnico de Segurança do Trabalho, lecionando no Cefae II, Nilópolis, Bombeiro Profissional Civil - CBMERJ, com sólidos conhecimentos nas áreas de Técnologia Industrial e desenho técnico além de formação profissional como Eletricista predial e bons conhecimentos em Elétrica Industrial, com base sólida em Informática.

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Sandro Vergara da Costa, formado como Técnico de Segurança do Trabalho pelo Centro Educacional de Niterói - CEN, possuindo vários cursos pertinentes à área de Segurança do Trabalho, atuando desde sua formatura, em 2005, como consultor, principalmente nas questões de treinamento em grandes empresas de diversas atividades econômicas.

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